Atenção aqui... um minuto por favor?

Às vezes parece... Na verdade não parece, é. As pessoas que estão ao meu redor fazem questão de não me entender quando eu mais preciso, parece até por querer. Às vezes, tudo que eu preciso é ficar em silêncio, quieta, no meu canto com meu urso e com a minha respiração. Não seria difícil para ninguém me agradar, pelo contrário, seria muito mais fácil. Mas parece que não se importam em me dar atenção quando eu definitivamente não quero. Tem dias que eu não quero um carinho, uma palavra, um conselho... Tem vezes que eu só quero um abraço. E quando eu falo um abraço é de apenas um par de braços. Que não venham me oferecer outros, eu não quero e não aceito. Se não for eles, quero continuar somente com a minha respiração. Quando eu tenho uma alegria imensa, aí sim, nem sempre tem alguém que quer compartilhar. Eu sei, isso é bom... Mas nem sempre! E neste exato momento, ou neste exato dia, está acontecendo isso. Eu quero os braços mais afastados de mim, que muito fazem falta durante o meu dia. Porque não me contento com um abraço da minha mãe, pai, irmão ou amiga? Porque só estes afastados conseguem me acalmar, aconchegar... Entendam que quando eu estou fechada, eu não quero quase nada, só o que no momento eu não posso ter.