quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

simples

Sabe quando tu cansa de ti? Pois é, cansei de mim. E só por 15 minutos eu queria acordar antes da lua sumir, sair e sentar, mas num lugar onde eu não escutasse nada além da minha respiração, pra que eu pudesse ver as estrelas e a lua e em seguida o sol, sem pensar na pessoa incompleta que eu sou. Queria esquecer o barulho terrível do telefone residencial, sem ouvir a minha mãe me chamar, sem ter que me preocupar com essas coisas que nesse fim de ano eu tenho que me preocupar, sem escutar o barulho dos cachorros, dos carros, o canto dos passarinhos... Nada além da minha respiração mesmo. Mas repetindo, só por uns 15 minutos, porque eu não consigo soltar o celular durante a semana, mesmo sabendo que as vezes ele não vai tocar.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

minha capacidade de raciocínio...

posso dizer que é muito boa. Eu sempre sei as respostas pra tudo, eu sempre consigo entender. Ou sempre conseguia. Tem algo que eu durante muitos meses não consegui ainda achar a resposta: como uma única pessoa, que chega de repente na tua vida, que te conhece muito menos que a tua mãe, consegue te fazer mudar da noite para o dia? Mudar gostos, formas de pensar, princípios, costumes... Juro que tento achar a resposta pra isso, mas está praticamente impossível. Me lembro que há mais ou menos uns 6 meses atrás eu detestava mensagens de bom dia, de boa noite, preocupação, companheirismo imediato de um parceiro na hora que precisasse ou não, não fazia questão de ver uma pessoa, preferia ficar em casa no computador. Lembro que não gostava de ler 'eu te amo' mais de uma vez no dia. Sempre achei terrivelmente desnecessário gastar caractéres de mensagens de texto, orkut, msn, seja lá o que for, dessa maneira. um 'eu te amo' já era o suficiente. Ou até menos que isso. Nem da família, muito menos de uma pessoa que eu conhecia a semanas ou nem isso. Tudo que me contrariasse, era motivo pra largar de mão. Não fazia questão de passar por momentos chatos, hoje acho que eles são essenciais. Bastava um mal entendido que me deixasse de ruim para eu mandar se fuder e continuar sozinha novamente. Detestava abraços contínuos, beijos longos, eu evitava, queria mesmo era conversar, ou melhor, voltar pro meu computador. Agora eu me vejo aqui, tão necessitada de presença, de abarços e beijos intermináveis, de apego exagerado, de provas de amor, pontual quanto à mensagens de amor, bom dia, boa noite, 'como vai você?'... Necessitada do abraço que tira o folego e faz esquecer de tudo, querendo estar pra sempre presa naquele abraço. Esqueci o maldito computador. Eu só quero presença, eu quero finais de semana cheios de alegria e carinho, de amor, de afeto e necessidade... Gosto da saudade, mas prefiro a presença. Aquela vontade de nem ir ver a pessoa, ou de fugir dela, há uns 5 meses atrás, estranhamente, suspeitávelmente evaporou. Subiu pra um céu que eu não consigo alcançar (ainda bem). O que eu posso dizer sobre isso? Posso dizer que agora sim eu me sinto alguém mais completo, com sentimentos, e não tão diferente de todos esses racionais 'irracionais' que o mundo está cheio. Eu quero presença, eu quero pra ontem. Pior ainda, pra semana passada. Eu quero buscar, eu quero ir atrás, eu quero roubar, eu quero pra mim. E ai, alguém tem explicação pra tal mudança ? Se sim,entre em contato, você é foda. dik